domingo, 15 de setembro de 2013

Lygia Cabus — A Estrela Some

Lygia Cabus

A Estrela Some
 

por Ernesto Ribeiro
 

Lygia Cabus é jornalista, webmaster do site de notícias esotéricas mais acessado do mundo.
 

Mas o principal é:
 
 

 
Lygia Cabus foi uma estrela do teatro e do rock baiano nos anos 80 e 90
 
 
Atriz de peças adultas de autores como Jean-Paul Sartre e Paulo Pontes, dirigida por Eduardo Cabus e outros dramaturgos de renome. Trabalhando na Europa, a companhia de teatro Cabus foi a Portugal, onde ela apresentou-se nos palcos de Lisboa. Atuou em Huis Clos (o texto mais poderoso de Sartre, com o aforisma eterno de que "O Inferno São os Outros") no papel que foi de Cacilda Becker e depois como o papel masculino que fez as platéias chorarem com tal atuação trágica. Isso numa montagem ousada de Entre Quatro Paredes, com ambientação e trilha sonora dark punk dos Sex Pistols, Joy Division, David Bowie, Stooges e outros, fazendo jus á visão dilacerante do existencialismo francês.
 
Em 1988, acumulou o cargo de autora de peças teatrais, brilhando no Teatro Gamboa como a jóia da elite cultural da metrópole.
 
Em 1989, tornou-se cantora de rock n roll na primeira formação da Treblinka, iniciando sua parceria com o gênio compositor e muti-instrumentista Sergio Belov. No mesmo ano, participaram da coletânea em vinil Rock Conexão Bahia. As canções "Vida em Carne Viva" e  "A Queda de Sodoma" ficaram entre as mais tocadas nas FMs.
 
Em 1990, Lygia Cabus e Sergio Belov formaram o THC — Típicos Habitantes da Cidade, a grande banda de rock perfeccionista que Salvador já conheceu. Em letras profundas e poéticas, filosóficas e existencialistas, eles casaram a sofisticação intelectual com o apelo pop e a força do rock em arranjos musicais elegantes. O sucesso foi tão estrondoso que culminou nos inesquecíveis shows no Rio Vermelho na casa de espetáculos Off The Wall e no grande Teatro Gamboa, com todas as lotações esgotadas e filas dando voltas no quarteirão com mais gente querendo entrar.
 
 
As ligações telefônicas diárias da imprensa com convites de programas de TV e rádio, e a exposição constante nos jornais e revistas marcou o nome de Lygia Cabus ao mesmo tempo nas páginas dos cadernos culturais, de música e teatro, como jurada de programas de auditório na TV e também como personalidade nas colunas sociais.
 
 
Durante anos, ela foi a musa inspiradora absoluta do lendário colunista Béu Machado, que a defendia com entusiasmo contra os ataques da invejosa editora do Caderno Cultural.
 
 
Infelizmente, nesse nível intermediário de sucesso, os artistas ainda não contavam com nenhum agente ou empresário para administrar a situação e gerir os negócios, para se poupar do desgaste de serem assediados em suas vidas pessoais, corroendo as relações entre os músicos e expandindo o sofrimento para suas famílias. Para completar, as intrigas internas, ambições desmedidas e ciúmes por parte da namorada de Belov levaram ao fim da banda.
 
 
Em 1993, já sem Sergio, Lygia formou a banda Blue Velvet, com uma proposta de back to basics em termos de rock n roll mais pesado, cru e brutal. O grupo atuou firme por 7 anos, priorizando apenas as performances ao vivo, sem gravações e sem concessões. Em um show histórico que foi matéria de reportagem no jornal, um metaleiro ajoelhou-se e beijou a bota de Lygia Cabus.
 
 
Finalmente, em 2000, quando a cena do rock baiano recebeu o beijo da morte do Papai-Estado e a extrema-unção da Mamãe-Secretaria da Cultura, diante do quadro de absoluta FALÊNCIA do circuito cultural baiano (e brasileiro), ela usou de sua proverbial força de vontade e auto-disciplina para uma mudança de rumos ao abraçar outra carreira que a deixasse fora do radar da imprensa.  
 
 
Lygia Cabus conheceu toda a pressão do sucesso e do assédio permanente da mídia e do público ao administrar duas carreiras simultaneamente, no teatro e na música. Por isso mesmo tomou a decisão corajosa e ponderada de abandonar o show business. Pois faz questão de lembrar que todas as artes são marciais.Ela sabe tudo sobre as armadilhas dessa terra movediça. E aprendeu a nadar com os tubarões.

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Nada a declarar. Nem mesmo os meus bilhões na Suíça. Punk. Ateu. Agnóstico. Filósofo. Comediante. Anarquista. Niilista. Iconoclasta. Furioso. Pró-Natureza. Pró-América. Pró-Israel. Conservador. Misantropo. Odeia todas as religiões. Odeia todos os totalitarismos (islamismo, comunismo, nazismo, catolicismo). Odeia TODA a incultura pervertida do Brasil. Fã de Marcelo Nova, Johnny Rotten, Voltaire, Diogo Mainardi e Olavo de Carvalho. Ama assistir filmes de ação e o verdadeiro Rock n Roll.

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